terça-feira, 12 de abril de 2016

_O roubo é livre

[ 
Se uma pessoa (ladrão, furtador, gatuno, ladro, malandréu, político, coletor de impostos etc.) toma algo que pertence a outra pessoa sem estabelecer contato com ela, comete furto. Se houver contato com a vítima, violência ou ameaça, é roubo —assalto é um termo que não existe no direito, mas equivale ao roubo. Quando alguém entra numa casa vazia sem que os donos estejam e leva bens de valor, configura-se um furto. O roubo, por sua vez, aconteceria se o ladrão invadisse a casa, encontrasse os moradores e os ameaçasse para levar seus bens.

Para a Justiça, já que envolve violência contra alguém, o roubo, descrito no artigo 157 do Código Penal, é um crime bem mais grave do que o furto. Por isso, quem é apanhado roubando pode pegar de quatro a dez anos de prisão. De acordo com o artigo 155 do mesmo Código, a pena para quem furta é de um a quatro anos de cadeia. Em tempo: além do furto e do roubo, existe, na legislação penal, uma terceira forma ilegal de se apossar de algo que não lhe pertence. É a chamada apropriação indébita, que rola quando se empresta algo a alguém que se nega a devolver.

Entretanto, acompanhando os acontecimentos políticos no Brasil, penso que seria muito melhor revogar o artigo 157 do Código Penal brasileiro. Isto é, deveríamos tornar o roubo e o furto permitidos no país. Qualquer pessoa poderia abordar outra em casa na rouba e levar seus pertences —objetos e/ou dinheiro sem qualquer penalidade.

Você pode achar que isso é loucura, mas a gente nota que o roubo se tornou tão livre no Brasil, que é melhor que deixe de ser crime. A gatunagem é praticada inclusive pelo Estado e pelos gestores, tais como a presidente, seus ministros, parlamentares e governantes de um modo geral. Melhor permitir que todos roubem sem as penas da lei —a impunidade já existe.

Dilma Rousseff, a gentil senhora que nos permite, retomou as práticas do mensalão lulista e agora remunera parlamentares no intuito de convence-los a votar em seu favor num processo de impeachment, que ela chama inadequadamente de golpe (sabe-se lá o que ela quer dizer com isso).

Mas ela demonstra cabalmente que ladrão que corre pouco não vai longe na carreira. Ela só quer se ver livre dos crimes de que é acusada desde que assumiu a presidência da República. Mas é algo normal no país. É normal, como diria Millôr Fernandes, ”uma roubalheira sem precedentes é apenas mais uma roubalheira antes de uma roubalheira maior, sem precedentes”.

O que tem de diferente na roubalheira atual é que a maioria dos brasileiros a está aceitando da maneira muito singela, como se fosse a coisa mais natural do mundo. A presidente e seu feitor, Lula da Silva (que montou um ateliê num hotel de Brasília só pra comprar parlamentares), usam nosso dinheiro pra bandalheira, com o apoio de celebridades das mais diversas áreas das atividades intelectuais, artísticas e culturais. E os sectários de seu partido a aplaudem como fanáticos fundamentalistas.

Dilma Rousseff e Lula da Silva estão o tempo todo com microfones nas mãos. E, como se sabe, basta dar um microfone e uma multidão para um político corrupto e teremos um bom fascista. Melhor desistir do Brasil, país onde o roubo é livre e apoiado pelas celebridades.

Não estou falando de tentar mudar a mentalidade dos fanáticos e preconceituosos terminais. Não se trata de conquistar a direita lunática (você acredita mesmo que o PT seja mesmo um partido de esquerda?), até porque ela já foi longe demais. E francamente é pequena demais, embora deixe o cidadão comum preocupado demais.


Luca Maribondo
lucamaribondo@gmail.comCampo Grande | MS | Brasil

Nenhum comentário: