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Um estranho festival acontece em Campo Grande. Fogo no Cerrado, um evento que, segundo seus promotores, "absorve uma perigosa e secular ação que a sabedoria popular indígena registra: o melhor modo de se restabelecer o solo e torná-lo fértil para as novas lavouras vindouras é atear fogo ao solo gasto e desnutrido, resultado de um ano todo de colheitas."
Num momento tão difícil para as causas ambientais, da busca pela solução dos problemas que provocam o aquecimento global, é estranho que haja alguém que venha fazer apologia do foto no cerrado, um sistema tão degradado, que resta no Brasil, menos da metade do que existia originalmente.
Fogo, incêndio, queimada contribuem muito para a degradação das matas, poluição do ar, causam morte, poluem o ar do campo e das cidades, levam doenças, provocam a morte de enorme quantidade de animais, que perecem carbonizados e intoxicados pela fumaça.
O impacto ambiental é enorme. Existem meios para que o homem do campo possa trabalhar o pasto ou a roça sem ser necessário destruir as matas com o fogo. Todos os anos, registram-se enormes volumes em prejuízos de propriedades, vidas, dinheiro, mas pouco se consegue em virtude da mentalidade do tipo "o melhor modo de se restabelecer o solo".
Fariam melhor os promotores, participantes e assistentes do Fogo no Cerrado se celebrassem a vida e não fogo, aqui um símbolo de morte e destruição. Mais que uma festa do bem, o Fogo do Cerrado é a própria celebração do mal.
sábado, 5 de dezembro de 2009
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2 comentários:
po, Luca, to achando essa visão do Festival muito politicamente correta. o rock é sobre isso, sobre a quebra.. e o título é só uma matáfora, não tem ninguém fazendo isso de verdade, muito menos incitando que façam... é uma quebra focada na música, com bandas de rock tocando no meio do mato, lá no Toca... e não tinha nem pirofagia por lá, hehe..
Este foi o melhor release feito sobre o festival.
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