segunda-feira, 2 de novembro de 2009

[Toscos]

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Na abertura da 14ª Parada do Orgulho Gay, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, neste domingo, 1º de novembro, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, deixou um recado para o governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), que disse em um programa de televisão que o câncer de mama em homens “deve ser conseqüência de passeatas gay”. Minc revidou: “preconceito dá câncer, faz mal à saúde e pode matar. O que cura o preconceito e a doença é a solidariedade”, atacou Minc.

Mas Minc retomou a polêmica com o governador de Mato Grosso do Sul durante seu discurso na Parada Gay. E foi mais agressivo: "outro governador (André Puccinelli) ficou chateado comigo porque eu queria defender o Pantanal e disse que ia me violentar. É uma cabeça troglodita de quem pensa como se estivesse na época da Inquisição”, atacou. Em setembro, Puccinelli chamou o ministro de “veado e fumador de maconha” e prometeu estuprá-lo em praça pública.

Na época, Minc não deixou por menos e disse que o governador devia “cuidar do homessexualismo que existe dentro dele”. Depois dos ataques contra Minc, o Governo de Mato Grosso do Sul emitiu uma nota em que Puccinelli pedia desculpas pelas declarações.

Na nota na época, o Governo do MS lamentou a "conotação ofensiva atribuída às declarações" e observou que “quaisquer desdobramentos alheios devem ser entendidos como inapropriados e, se gerarem ofensa ao ministro Carlos Minc, o governador André Puccinelli ratifica suas desculpas”. Mas o mal-estar continua e Puccinelli ainda é cobrado por suas declarações.

Não se sabe desde quando, o governador de Mato Grosso do Sul anda frequentemente inventando grosserias e atitudes toscas tão complicadas, tão envolvidas em indelicadezas menores, indelicadezas bobinhas e indelicadezas rudes, que os adversários ao retrucar todas as grosserias, acabam apelando para outras grosserias, semelhantes ou piores. O caso do ministro Minc é exemplar.

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