terça-feira, 27 de outubro de 2009

_Nossos bandidos


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Prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad reúne-se nesta quarta-feira, 28 de outubro, em Brasília, com o ministro da Justiça, Tarso Genro e com diretor-geral do Sistema Penitenciário Nacional (Depen), Airton Michels. Trad diz que vai transmitir a indignação da sociedade morenopolitana com a transformação da cidade em depósito de meliantes de alta periculosidade a partir da sua transferência de outros Estados para a Penitenciária Federal de Campo Grande.

Segunda-feira, em reunião com representantes de diversos setores do poder público e da sociedade civil, três ações foram definidas para fazer frente à situação. A primeira ação foi uma reunião, realizada ainda ontem, com o juiz federal Dalton Conrado, corregedor da Penitenciária Federal de Campo Grande, a quem o prefeito pediu que leve em conta, em sua decisão sobre a permanência ou não dos traficantes, a pesada carga social que isso significa para a cidade. Outra ação foi a divulgação de uma nota de repúdio e, finalmente, a terceira ação é a reunião que acontecerá amanhã.

Atualmente, a Penitenciária Federal de Campo Grande abriga cerca de 150 convictos de alta periculosidade provenientes de outras plagas. A preocupação é que a presença destes detentos em Campo Grande possa contribuir para o aumento dos índices de violência —que já não é poucas— por estas bandas, já que suas presenças na cidade certamente atrairão comparsas, células criminosas, profissionais que vivem de trabalhar pra facínoras e outros tipos de gentes velhacas.

Trad, que faz tempo se mostra contra a presença da penitenciária em Campo Grande, disse que fará tudo o que estiver ao seu alcance para reverter a situação e considerou a transferência dos chefões do tráfico no Rio de Janeiro para a cidade "uma falta de respeito para com a população campo-grandense".

Mas que não se espere nada do ministro Tarso Genro, da Justiça(!), que optou por acoitar no Brasil um criminoso assassino como o italiano Cesare Batistti, que foi condenado à prisão perpétua à revelia na Itália em duas sentenças por quatro homicídios cometido entre 1977 e 1979. O italiano, que agora se apresenta como escritor, nega participação nos crimes. Só tem o seguinte: ele foi condenado pela Justiça da Itália, um país sério e que respeita os direitos humanos.

A julgar pelos antecedentes, Campão será mantida como abrigo de bandidos da pior espécie graças ao ministro da Justiça(!). O prefeito morenopolitano deve sair daqui com a convicção de que mais cedo ou mais tarde Genro vai dar razão aos que não têm qualquer motivo pra confiar nele.

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