sexta-feira, 19 de junho de 2009

_Melhor é merecer sem ter...

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Do advogado João Campos, brilhante defensor dos direitos do consumidor: "os grandes jornais e as maiores emissoras de tv vão preferir o jornalista formado. Não por uma questão de lei, de jurisprudência ou de reserva de mercado, mas de qualidade na prestação de um dos bens mais preciosos da humanidade: a informação". Criticando a decisão do Supremo Tribunal Federal de dar um fim na obrigatoriedade da exigência de diploma para jornalistas exercerem sua atividade, Campos acaba por enunciar o melhor argumento em defesa do STJ. É óbvio que os grandes veículos de comunicação —e os pequenos também (na medida de suas possibilidades)— vão optar por profissionais formados e capacitados. É sempre bom lembrar que nem sempre (ou quase nunca) quem tem diploma é capacitado. A gente pode comprovar esse argumento apenas observando o que é veiculado pela mídia (grande ou pequena) por esse Brasilzão afora. Mais umas palavrinhas sobre esse assunto: em países pouquinha coisa mais sérios que o Brasil (França, EUA, Inglaterra, Alemanha, Itália, Espanha e outros) não existe a exigibilidade do diploma pra trabalhar como jornalista. E a imprensa de lá é tão boa ou melhor do que a de cá. Só pra encerrar: a natureza, ao produzir um ser humano capaz, por acaso exige diploma ou consulta universidades?

3 comentários:

Luiz Roberto Lins Almeida disse...

Essa foi A discussão da semana. No escrevinhamentos, do Victor Barone, encontramos argumentos muito bons contra a obrigatoriedade do Diploma. Jà o Lucas, do Notícias Digitais, é a favor. Pra ficar em blogs do MS, claro.

Barone disse...

Olá Luca, concordo com você. Além dos excelentes textos que circulam pela net sobre a queda da obrigatoriedade do diploma, te indico dois - se é que você jão não os leu: o artigo do Dante Filho, no Midiamax, e a análise do professor Alec Duarte, no Webmanário. Um abraço. Barone

João Campos disse...

Luca, hoje deparei-me com um comentário de meu artigo em seu blog. Quero que você, que sabe muito mais de jornal que eu, considere minha preocupação central, a de que a formação acadêmica, especialmente, hoje, dá ao jornalista aquele traquejo que o dia-a-dia não conseguir tecer em nossos neurônios: jornalismo econômico, copyright, direito à imagem, etc. Mais isso do que, propriamente, saber a diferença entre leed, recuo, tablóide,chapéu e outras cositas que os bons jornalistas, formados pela experiência e pela vida, não-só sabem como eles mesmos inventaram.
É isso. Mas, de qualquer forma, é uma grande discussão. A única coisa que realmente me doeu foi ter "dado argumento" ao Gilmar, de quem não gosto.