Em resumo, a rebelião encetada pelas polícias militar e
civil do Estado do Espírito Santo configura uma grande ameaça à paz social e
política do país. Vai que a ideia pega. O efeito cascata atingiria outras
unidades da Federação. O caos social se instalaria rapidamente, ameaçando
inclusive ampliar-se em conflagração armada, isto é, guerra civil. E seria
muito complexa e estapafúrdia a tarefa de administrar uma grave e generalizada conturbação social e política.
As Forças Armadas não têm preparo para enfrentar um conflito com tal dimensão.
E as Forças Nacionais de Segurança funcionam apenas como um paliativo. Nessa
hora ruim de Pindorama, uma conflagração geral seria o pior dos cenários.
Uma análise mais acurada demonstra que não foi por acaso que
o motim aconteceu no Espírito Santo. A situação demonstra ser uma estratégia
elaborada por especialistas: uma conflagração num Estado pequeno, que não se
destaca pela violência, muito próximo de Estados mais poderosos, como Rio de
Janeiro, Minas Gerais, Bahia, São Paulo. Não é o momento de profecias
catastróficas, mas há que se pensar na provável ocorrência de fatos mais graves
e ampliados.
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