terça-feira, 2 de junho de 2015

_Desenho mágico

"Tijolo com tijolo num desenho mágico". Este é um verso da canção "Construção", composta por um dos famosos relações públicas da primeira-dama brasileira Dilma Rousseff, Francisco Buarque de Hollanda. A frase agora foi repetida quase ipsis verbis pelo ministro da Fazenda da citada senhora, Joaquim Levy: "a retomada da economia brasileira será 'lenta, tijolo a tijolo'", de acordo com nota do jornal Folha de S.Paulo.

Não se sabe se o doutor Levy vai conseguir o "desenho mágico" proposto pelo mais famoso dos sabujos artistas da primeira-dama, também conhecida por presidenta. Mas ele disse isso pros norte-americanos, que não são apreciadores de prosopopéia, durante távola redonda promovida pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), instituição com a qual o partido que governa o Brasil, o PT, tem uma porção de pinimbas.

Segundo a mesma FSP, a mesa-redonda de que o doutor participou no FMI ainda contava com o subsecretário do Tesouro americano, o ministro da Economia do Peru e a economista Carmen Reinhart. Mas todas as perguntas da plateia, formada por investidores e autoridades de organismos internacionais (a imprensa não pôde estar presente), foram dirigidas a Levy.


Depois do debate ficou uma pergunta. Os próceres e prosélitos do Partido dos Trabalhadores passam o tempo fazendo auto-lovação dos seus governos, que tem os dias contados, exatos 4.536 em 2 de junho de 2015. Para os petistas, os dois governos do partido, Lula da Silva e Dilma Rousseff, foram grandiosos quando se trata de social, política e economia. Por que então é preciso retomar a economia de maneira "lenta, tijolo a tijolo" e as gestões são tão boas?


Levy, o mago liberal, vai mesmo necessitar de um "desenho mágico" pra recuperar a economia, caso contrário, parafraseando o mesmo Buarque, o artista lambeta já mencionado, o país vai agonizar "no meio do passeio náufrago e morrer na contramão atrapalhando o público".

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