"Tijolo com tijolo num desenho mágico". Este é um
verso da canção "Construção", composta por um dos famosos relações
públicas da primeira-dama brasileira Dilma Rousseff, Francisco Buarque de
Hollanda. A frase agora foi repetida quase ipsis
verbis pelo ministro da Fazenda da citada senhora, Joaquim Levy: "a
retomada da economia brasileira será 'lenta, tijolo a tijolo'", de acordo
com nota do jornal Folha de S.Paulo.
Não se sabe se o doutor Levy vai conseguir o "desenho
mágico" proposto pelo mais famoso dos sabujos artistas da primeira-dama,
também conhecida por presidenta. Mas ele disse isso pros norte-americanos, que
não são apreciadores de prosopopéia, durante távola redonda promovida pelo
Fundo Monetário Internacional (FMI), instituição com a qual o partido que governa
o Brasil, o PT, tem uma porção de pinimbas.
Segundo a mesma FSP, a mesa-redonda de que o doutor
participou no FMI ainda contava com o subsecretário do Tesouro americano, o
ministro da Economia do Peru e a economista Carmen Reinhart. Mas todas as
perguntas da plateia, formada por investidores e autoridades de organismos
internacionais (a imprensa não pôde estar presente), foram dirigidas a Levy.
Depois do debate ficou uma pergunta. Os próceres e
prosélitos do Partido dos Trabalhadores passam o tempo fazendo auto-lovação dos
seus governos, que tem os dias contados, exatos 4.536 em 2 de junho de 2015. Para
os petistas, os dois governos do partido, Lula da Silva e Dilma Rousseff, foram
grandiosos quando se trata de social, política e economia. Por que então é
preciso retomar a economia de maneira "lenta, tijolo a tijolo" e as
gestões são tão boas?
Levy, o mago liberal, vai mesmo necessitar de um
"desenho mágico" pra recuperar a economia, caso contrário,
parafraseando o mesmo Buarque, o artista lambeta já mencionado, o país vai
agonizar "no meio do passeio náufrago e morrer na contramão atrapalhando o
público".
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