terça-feira, 18 de agosto de 2009

_E ruim e o pior

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Não faz muito tempo escrevi uma nota muito elucidativa a respeito da culpa das autoridades nos problemas do trânsito no País. Dizia o texto que uma pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) demonstrou que o estado de conservação das estradas brasileiras é péssimo —e continua até hoje. A CNT fez um levantamento de mais de 40 mil quilômetros de estadas federais e estaduais e chegou a números impressionantes. De acordo com a pesquisa, mais de 80% das rodovias foram reprovadas no teste.

Segundo a verificação da CNT os principais problemas são: a pintura apagada ou nem sequer têm sinalização no asfalto; 30% da pavimentação das rodovias tem problemas com buracos, ondulações, rachaduras e remendos malfeitos; os acostamentos estão em péssimas condições —20% deles estão em desnível muito grande, estão cobertos de mato ou simplesmente inexistem; 20% das estradas são constantemente invadidos por animais de toda espécie; e 17% das placas de sinalização estão desgastadas ou ilegíveis, isto sem contar as que estão mal-colocadas ou não existem onde deveriam estar.

Mas as autoridades do trânsito no País continuam dando uma de avestruz: botam a culpa de todos os problemas do sistema de circulação no cidadão, principalmente nos condutores de veículos, mas nunca olham para o próprio rabo. Se alguém fizer um levantamento sério, vai descobrir que a maior parte dos problemas do trânsito no Brasil é provocada pela inépcia e pela incúria das autoridades e técnicos do setor. Campo Grande é um eloquente exemplo desta afirmativa.

Nas graves questões do trânsito, as autoridades demonstram cabalmente que estamos precisando urgentemente de decisões e ações ágeis e eficazes que reduzam imediatamente o espaço entre o governo e o ato de governar. No trânsito, as autoridades provam que, como diz Millor Fernandes, “as principais formas de governo são as ruins e as muito piores”.

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