quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

[Como se sair bem no aquecimento global]

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Não há como não admitir: Copenhague foi um fracasso. Não houve acordo algum, apesar dos clamores das grandes figuras internacionais como Al Gore, Arnold S. e Ban Ki Moon. Houve sim, muito discurso, muita crítica, muita parolagem, muito aplauso. Não aconteceu nada, porém.

Quando a COP-15 foi iniciada,
a tendência era para que uma meta para a redução das emissões de CO2. Ao final, todos os países se esconderam e pensaram em primeiro lugar nas corporações, que degredam o meio ambiente sem pensar nas gerações futuras. E aí está o grande problema: os governos são controlados pelas grandes corporações, que desejam apenas seu dinheiro nos cofres. Foi desta maneira que a crise de 2008 foi alastrada pelo mundo inteiro e continuará com ainda mais força nos próximos anos.

Da até pra concordar com Hugo Chávez e Evo Morales, quando estes disseram que o problema do aquecimento global ocorre devido a atuação do capitalismo selvagem. De acordo com reportagem publicada em Veja, um adolescente americano produz toneladas de CO2, enquanto um jovem da mesma idade do Afeganistão produz bem menos da metade.
É preciso, portanto, mudar.

A grandes corporações devem mudar sua linha de pensamento. O homem deve repensar seu estilo de vida exagerado e conter o crescimento populacional, através de subsídios que a tecnologia atual proporciona. Porém, em meio a tudo, o chamado curto prazo reina e reinará para sempre em nossa sociedade. Afinal, foram nossos avós que iniciaram uma Revolução Industrial na Europa e destruiram 97% das florestas naturais dos EUA.

E, da mesma maneira, somos nós que não fazemos nada para que isso mude. O planeta sobreviverá a tudo, nós não. Pois haverá uma hora em que o homem perceberá que só existe dinheiro à sua volta. E é impossível comê-lo.

Mas como a humanidade vai perecer? Se for o aquecimento global o grande vilão, é bem provável que os seres humanos sejam tragados na voragem das águas. Pensando nesta questão, esta Casa do Maribondo dá algumas dicas pras pessoas tentarem sobreviver ao aquecimento global. Leia:

• Pra começar, identifique todos os objetos domésticos que possam servir de flutuadores ou bóias flutuantes quando as calotas de gelo derreterem e, em conseqüência, provocar o transbordamento dos oceanos e mares. Dê atenção especial aos itens produzidos com material sintético, que tendem a ser extremamente resistentes à água.

• Também não se esqueça de olhar para o lado de fora —aquelas caderias à prova d'água com apoiadores de copos inclusos boiarão tão bem no oceano quanto na piscina do seu quintal. Se os pneus do seu carro forem providos de câmaras de ar, estas podem ser usadas como flutuadores; assim como aqueles bichinhos infláveis que você usar pra brincar na piscina. Quem disse que o catastrófico derretimento polar não pode ser divertido?

• Analise os mapas topográficos da área em que você vive para determinar os pontos mais elevados. Mapeie as rotas mais rápidas até eles. Faça exercícios de fuga com a família, os parentes, os amigos, os vizinhos. Preparar-se para a hecatombe pode se transformar em entretenimento.

• Compre saquinhos ziploc (ou outros impermeáveis) e em equipamentos à prova d'água, tais como câmeras, celulares, canetas, cafeteiras, tênis. Comprar botes infláveis também é um excelente investimento.

• Informe-se na sua vizinhança sobre cursos de natação e trate de fazer logo um curso completo. Agora. Já. E preste especial atenção nas aulas que ensinam a boiar e a nadar de costas.

• Outro ótimo investimento são os veículos anfíbios. James Bond que morra de inveja: carros que andam rápido na terra e também no mar são fabricados em série e estão à venda (para quem puder pagar). Hoje, com propulsores mais desenvolvidos e a tecnologia hidráulica atrelada a sistemas computadorizados, existem anfíbios para espião nenhum botar defeito.

• E já que estamos no final do ano, transfira o lugar das suas férias. Por exemplo: do Balneário Camboriú para a Serra Gaúcha ou a Serra da Bodoquena. Dê a dica a seus filhos: a temporada de bebedeira de Porto de Galinhas para a Chapada dos Guimarães.

E reze pra sobrar pelo menos um gelinho pra sua caipirinha.

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