A campanha eleitoral 2016 já está em pleno andamento, assim
como os discursos dos candidatos que querem o seu voto. Os pedidos de votos
geralmente são sustentados por promessas, muitas delas impossíveis de serem
cumpridas. E nem sempre o eleitor sabe distinguir falsas de consistentes promessas.
”Quem não tem voto cassa com golpe”. Li esta frase num post
no Facebook. É uma das maneiras de sectários e fanáticos atacarem seus
adversários e sempre recorrendo ao argumento do “golpe” ––na verdade nem sabem
o que significa o termo golpe. Mas o fanático não dialoga, o fanático uiva e
ruge ––e não se contrapõe a argumentos, ataca o argumentador.
Nenhum deles, entretanto, lembra-se, por exemplo, de que a
campanha presidencial da presidente interrompida Dilma Rousseff prometia mundos
e fundos: retomar o crescimento, colocar todas as crianças na escola, manter
direitos trabalhistas… Foram tantas as promessas negligentes que logo após o
pleito de 2014 muitas delas já haviam tomado o rumo do infinito: a expectativa
de crescimento diminuiu, a educação infantil sofreu cortes e direitos
trabalhistas foram alterados. No meio do ajuste, sobrou até para os programas
sociais, as estrelas do governo.
O caminho pós-eleição ganhou curvas e obstáculos
incontornáveis e deixou bem claro que o segundo mandato de madame Rousseff
deveria ser bem diferente do cenário pintado durante a campanha: boa parte do
que a candidata acusou seus adversários de propor, ela mesma está fazendo. E
deu no que deu: os trâmites do impeachment ganharam o rumo esperado e a
mandatária parece ter seu destino selado: a aposentadoria precoce.
“Eu tenho um grande compromisso com creche e pré-escola,
pois acredito que creches e pré-escolas são o futuro do Brasil”, dizia ela.
Cumpriu? Não! E os números só pioraram. Os cortes comprometeram a meta de
ampliar o acesso à educação infantil e dificultam que volte ao ritmo normal no
próximo ano. E, para os próximos anos, as perspectivas não são nada animadoras.
“Promoverei com urgência ações na economia para retomarmos
nosso nível de crescimento e continuar crescendo nos níveis de emprego”. Durante
a campanha, a candidata petista afirmou que seu governo teria como principal
meta colocar o país de volta na “rota do crescimento”. Não era por menos: Dilma
tem os piores números de crescimento histórico do país, atrás apenas de Collor.
A candidata prometia crescimento. “É absurda a previsão de que o Brasil vai
explodir em 2015. É um país estável, economicamente forte, uma economia sólida,
um baita agronegócio. O Brasil vai bombar”, afirmou em entrevista durante a
campanha de 2014.
Reduzir a conta de energia elétrica. Foi outro
comprometimento. A realidade foi bem diferente. Desde que Rousseff iniciou seu
segundo mandato, a energia elétrica já subiu 44,75%, de acordo com o IBGE. Os
aumentos começaram no início do ano. E apesar da presidente teimar que não
existe risco de apagão, já apelou pros brasileiros economizarem e fazer “um
consumo racional de energia”.
Como todos já notaram, as promessas, ficaram no papel ––e
nas entrevistas.
Com o agravamento da situação econômica do país no último
ano, ficou claro que estávamos em crise. Só que dessa vez, nada de manter o
emprego ou a renda: os últimos dados do IBGE, referentes a junho, mostraram uma
taxa de desemprego de 6,9%, o maior índice para o mês desde 2010. O rendimento
médio do trabalhador em junho mais uma vez apresentou queda
Rousseff também prometeu ampliar o sistema público de saúde.
Entre as propostas estavam expandir o Samu, o Mais Médicos e lançar um novo
programa, o Mais Especialidades. Durante os debates, ainda criticou os
opositores de estarem dispostos a cortar o dinheiro da saúde. Na realidade,
porém, o segundo governo Dilma já iniciou o ano cortando verbas para saúde:
foram R$ 12 bilhões, o segundo maior corte.
E por aí vai. A lista é longa e, se houvesse lei pra punir
políticos vigaristas, a presidente interrompida seria punida. Uma medida que
não está mais aquém da necessidade e do anseio do povo brasileiro, visto que a
população já não tolera mais o político mau caráter e mentiroso. O eleitorado
pode até confiar nas promessas, mas hoje pinta a cara e vai às ruas dizer não à
parolagem. Chega de enganação. É necessário que o candidato estelionatário
responda por sua conduta fraudulenta, muito mais grave do que o estelionato
comum, pois frustra toda a sociedade.
Este é um dos motivos fundamentais para que a Sra. Dilma
Rousseff passe à condição definitiva de ex-presidente. Quem foi enganado nas
eleições cassa com impeachment.
Luca Maribondo
Campo Grande MS Brasil
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